quarta-feira, 23 de junho de 2010

PRS SE Custom 22



2008, feita na Coréia pela World Musical Instrument Co. Ltd. Segundo informações não confirmadas, é uma das 3 grandes fábricas coreanas, juntamente com a Cort e Samick. Captadores originais de alnico, 9k, sem muita resposta dinâmica e presença. Os pontos fracos dessa guitarra eram os captadores e as tarraxas - foram devidamente trocados...
Coloquei potenciômetro "push/pull" no tone prá separar o humbucker do braço. Preferi não usá-lo no da ponte.

Especificações
Corpo: Mogno/Maple ( + folha c/ Flame), flat top
Braço: Mogno, colado, "wide fat", 22 trastes
Escala: 25", Rosewood, Raio: 10"
Tarraxas: Planet Waves Auto Trim Lock.
Captador Ponte: Sérgio Rosar Supershred, 12,5K
Captador Braço: Sérgio Rosar Dynabucker, 4k (split: 2,6k)
Ponte: PRS Tremolo
Binding: apenas no corpo, "natural" (faux binding)

É uma das melhores guitarras que tenho e é incrível sua relação custo/benefício. Segundo a GP americana, a qualidade chega a se aproximar das PRS originais. O braço é fantástico (os braços PRS Wide Fat têm um interessante raio de 10", assim como escala de 25), um meio termo entre Fender e Gibson.

No dia em que a comprei, havia uma americana do mesmo modelo e a "pegada" das duas é muito semelhante. A diferença de sonoridade era relevante em relação aos captadores, que foram trocados pelos Sérgio Rosar, de qualidade comparável, senão superior aos próprios PRS americanos. É claro que não dá pra transformar uma PRS SE numa PRS americana só trocando os caps, mas ajuda um bocado... :)

Tive problemas para encontrar um captador para o braço com a sonoridade que gosto, "hi-fi", que valorize a ressonância das madeiras e tenha excelente dinâmica e sensibilidade. Detesto o som "gordo", com graves sem definição e meio abafado dos captadores mais comuns. Tentei um Seymour 59 mas não chegou nem perto.




O Sérgio Rosar comprou a briga e depois de umas 4 ou 5 tentativas, sempre buscando a minha idéia de "graves discretos, mas firmes e definidos, com médios e agudos equilibrados e que proporcionem um certo estalo no ataque", chegamos nesse protótipo, que eu chamo de "Halfbucker" (mas o nome oficial é "Dynabucker" :) ), porque uma das bobinas é bem mais forte (enrolada) que a outra. Ao colocá-lo com a bobina ativa virada prá ponte e "splitado", tive a grata surpresa de perceber que tinha um maravilhoso som de single, extremamente semelhante a um captador do braço de Stratocaster (acredito que a ponte flutuante tenha contribuido prá isso, pois um outro Halfbucker colocado na Cort KX Custom não soou tão "strato" quanto esse).

Embora tenha apenas 4k, soa como se fosse mais forte. É óbvio que usar um captador de 12,5k junto com outro de 4k não é prático em situações "ao vivo", pela diferença de volumes. Mas nessa configuração e com esses captadores, é como se eu tivesse duas guitarras distintas. O "clean" do Halfbucker é excelente (no modo single, é fantástico) e o "dirty" do Supershred é matador.

Quanto ao Sérgio Rosar Supershred, esse é, na minha opinião, um dos melhores captadores de média/alta saída do mundo. Tenho dois Seymour Duncan JB. O Supershred tem o som de um JB, com mais definição de graves e médios mais equilibrados.
 


 Update 18/2/2012: VÍDEOS

Vídeo 1: Inicio com o riff de rockabilly de "Rock and Roll Zombie", tocado sem palheta com o Dynabucker e em seguida passo para o Supershred. O baixo foi gravado com meu Fender Jazz Bass (também com captadores Rosar) e os loopings de bateria retirados de músicas e editados no Sonar.




Vídeo 2: Dynabucker (splitado - apenas uma bobina) na direita e Supershred na esquerda. A base da música "Play That Funky Music" tem voz/bateria/baixo e é do guitarbakingtrack.com.