terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Entrevista LPG: Smithers Áudio Transformadores - Teste Indutor de Wah *SORTEIO EFETUADO*

Oscar Isaka Jr
Apesar de todos os problemas políticos e econômicos que nosso país enfrentou, o ano de 2014 foi um bom ano para nós, Loucos por Guitarra. Ultrapassamos a marca de 1.000.000,00 de visualizações, apresentar e conhecer muitos produtos legais e claro agregar muito conhecimento. Nesse meio tempo acabei conhecendo meio que por acidente a Smithers Audio. Sabe aquele lance de um amigo compartilhou um link de Facebook que me chamou atenção e cliquei. rs pronto.


Quando estava pesquisando sobre amps, para entender melhor, modificar, enfim aquilo que eu mais gosto de fazer que é fuçar as origens do nosso timbre de cada dia. Um post no Facebook me levou a um papo com o Leandro, sobre transformadores conforme já referenciei em outros posts e assim vinhamos mantendo contato a medida que a Smithers vinha crescendo e lancando novos produtos, que além dos trafos conta também com Knobs torneados em INOX e um inductor de Wah com 3 opções de indutância.

O Leandro topou a idéia do bate papo que temos feito pro Blog e o resultado vocês podem conferir abaixo:

1- Bem vindo ao nosso Blog Leandro. É um prazer contar a Smithers por aqui. Como começou essa sua aventura no mundo dos trafos até o nascimento da Smithers?
Obrigado Oscar pela oportunidade de expor o trabalho da Smithers áudio. É muito importante um blog como a LPG, explorar este grande mercado, dar oportunidade a fabricantes nacionais, com uma maneira de fácil compreensão cada item fundamental, que vai influenciar no timbre de seu equipamento, sejam eles: guitarra, pedal ou amplificador.
Placa do Princeton
A aventura começou em meados de 98, quando jovem, descobri a guitarra… ouvia Pink Floyd, Led Zeppelin, Iron Maiden e trocava ideias com guitarristas. Em 2001 eu montei meu primeiro amplificador, foi um amigo que levou um Fender Princeton 112 pra eu consertar e vi a oportunidade de copia-lo, dois meses depois consegui fazer a cópia, estava todo orgulhoso… mesmo o gabinete sendo uma caixa de papelão! Rs… as trilhas da placa do circuito todas feitas a mão, era bizarro! mas funcionava muito bem claro que com alguns chiados, zumbidos…, depois montei um segundo e coloquei em um gabinete decente, de madeira e tinha até painel… 


Clone Hiwatt DR-103
A partir disso, pesquisei bastante sobre valvulados, fiquei fascinado com aquela fiação e montagem estilo point-to-point com turrets, em 2004 montei um valvulado, baseado em um Hiwatt DR-103, minha marca era Marco amplificadores valvulados, não fiz muitos amps pois tinha muita dificuldade em comprar componentes. Em 2007, quando trabalhava pra um fabricante de amps e pedais de boutique, estava cursando eletrotécnica que abrange muito transformadores, vi a possibilidade de começar a enrolar na empresa os trafos pois, eles vinham de fora e eram caros. Tive a oportunidade então de projetar e enrolar trafos de força e saída para estes amps, fiquei nesta empresa uns 5 anos e pude analisar vários tipos de trafos, entre eles; Mercury, Heyboer, Hammond, testados com tipos de válvulas diferentes de alta qualidade como; Phillips, Mullard, Tungsram, Tungsol, etc… e bons falantes; Celestion, Jensen, Weber… Isso foi fundamental para acostumar os ouvidos, que até então eram influenciados por gravações, lendas e “achismos” de músicos! Enfim, saí desta empresa e mudei totalmente de ramo, era eletrônica, mas não no áudio, até que comecei a prestar serviços para outro fabricante, o Pedrone, e ele me incentivou muito a voltar a enrolar os trafos. Em 2012, retomei a idéia, criei a logomarca, queria algo bem estilo “old industrial”, investi em um bom maquinário, entre eles, uma bobinadeira CNC de alta precisão. Calculei os trafos de saída de guitarra com um pouco da técnica de enrolamento do Hi-Fi, para um melhor desempenho e definição sonora. Minha meta sempre foi focar na máxima qualidade dos componentes e acabamento fino, para transparecer sua perfeita montagem (ou próximo disto, odeio a idéia de que nada é perfeito! Isso me faz pensar que estou fazendo porcaria…. Rs…) Defini como seriam embalados, com caixa de madeira e pelúcia por dentro, um luxo! Demorei um ano pra colocar o site no ar e abrir as vendas, e enfim, hoje temos trafos de saída para amplificadores valvulados de guitarras, baixos e alguns para Hi-Fi.
                                 
Transformadores Hi-Fi

2- É notável que o brasileiro está mais exigente . Como você enxerga o Mercado nacional de amplificadores valvulados,?
Na época que comecei só conhecia dois fabricantes; a Tubeamps e Serrano e logo apareceram outros e nem sempre ganhava o que tinha mais qualidade, mas sim, o menor preço. Prova disso foram alguns hand-makers que pegaram encomendas, dinheiro e nunca entregaram, lamentável pois o mercado ficou marginalizado e só depois de um tempo que foram se formando boas marcas. Parece redundante, mas hoje são poucos os brasileiros que valorizam o mercado nacional. Um péssimo hábito que vejo, é que pra eles sempre o produto nacional tem que ser barato, mesmo que seja melhor que um importado. É difícil convencer que, manter um produto tão específico, montado a mão, com componentes de qualidade (muitos deles importados que só aí são cobrados mais de 60% em impostos e não dá pra fugir deles pois aqui no Brasil, por exemplo, não se fabrica válvula) Custa muito caro, sem contar a mão de obra…. É necessário investir bastante na marca,  pra ela realmente conquistar esta fatia mais exigente do mercado.

                                         

3 - Falando da parte técnica, um pergunta que tenho certeza todos estão se fazendo , é qual a influência de um BOM trafo no timbre do amp?

Imagine um teletransporte de ficção científica; o sujeito entra por uma porta e cientificamente a matéria é transformada em pulsos elétricos, são transmitidos até a outra porta sendo convertido de pulsos elétricos para matéria e por fim sai. É exatamente isso que acontece em um trafo de saída; uma tensão com uma frequência entra pela porta (primário) esta se transforma em fluxo magnético no núcleo, em seguida o secundário é induzido por este fluxo liberando uma tensão elétrica. Agora este teletransporte tem de ter 100% de precisão, se não o sujeito pode sair pela outra porta faltando um braço, perna ou que for… O que quero dizer, é que passa pelo trafo 100% do sinal de saída de seu amp, por isso ele tem que ser bem projetado pois são diversos fatores que determinam se a saída será ou não influenciada, ou quase, pois fisicamente é impossível projetar um transformador 100% preciso sem perdas. 
Lembrando que o trafo de saída sozinho não pode responder pelo todo, o conjunto tem que ter boa qualidade; o circuito, válvulas e falante(s).
4 - Sempre leio os especialistas gringos dizerem que um bom trafo tem "50% de especs técnicas e 50% de magia negra" numa alusão ao bom timbre atribuido a alguns modelos. A Mercury Magnetics é famosa nos EUA por produzir excelentes transformadores de amps valvulados. Pode nos dizer em linhas gerais alguns dos diferenciais de um bom trafo?

 Este meio sempre foi recheado de contos e lendas! Fica bem fácil criar um marketing em cima… Rs… Um bom trafo tem que ter um bom intrelace entre camadas, exemplo; trafo de força você enrola o primário e depois o secundário por cima, pronto. No saída se você fizer isso, o trafo não vai responder na faixa dos agudos, vai ter uma perda absurda de indutância entre enrolamentos, e uma alta capacitância esta que seria responsável pela perda de agudos. 





Quando você divide o primário/ secundário em várias camadas e intercala cada, você terá um melhor acoplamento indutivo entre camadas, reduzirá bastante a capacitância, enfim a resposta melhora e muito! Para guitarras geralmente os fabricantes dizem que por a guitarra operar em uma faixa pequena de frequência, não há necessidade de várias camadas, o comum de se usar são 3 ou no máximo 5 camadas; (prim./sec/prim., este é exemplo de vários fabricantes inclusive da Heyboer, fornecedor da Fender hoje). O de 5 camadas (prim./ sec./ prim/ sec/ prim.) este é exemplo de modelos top da Mercury. Os meus, eu faço no mínimo 7 camadas e o SM45 por exemplo, tem 9 camadas ( prim./ sec./ prim./ sec/ prim./ sec./ prim./ sec./ prim.) Isso aumenta esta faixa de resposta de frequência, isso faz que ele reproduz aquele estalo da palhetada, a nota soa definida e deixa o circuito de tonalidade bem mais funcional. Outra característica marcante na fabricação meus trafos, cada camada de enrolamento, por exemplo, o primário terá 3 camadas seguidas, então cada camada tem o mesmo tamanho, com os fios juntos e com isolamento entre cada. São impregnados com um verniz próprio numa câmara a vácuo, isso proporciona um maior isolamento, o bobinado fica livre de espaço vazio que poderia penetrar umidade, e também por ficar bem fixo, o trafo fica livre de entrar em ressonância com algum ruído, isto acontece quando a impregnação é ruim e o enrolamento começa a vibrar. Há uma discussão enorme a respeito de núcleo, GO x GNO, eu prefiro núcleo C!



Por outro lado, o diferencial para um bom trafo de saída pode não ser seu bom dimensionamento…. as vezes usar um trafo com núcleo menor faz você achar o timbre que procura, você tem uma saturação mais cedo, com menos volume, dependendo do seu gosto isto pode lhe agradar. Vi muitos casos também do dono usando o falante em diferente impedância, (ligar um falante de 4 ohms em saída de 8 ohms), isso não é recomendável, mas se o timbre agradou e ele tem possibilidade de comprar novas válvulas ou até um novo trafo, no caso de vir a queimar, ué, seja feliz! 
5- Alem dos trafos, a Smithers também tem knobs usinados e um inductor triplo de Wah. Pode nos falar um pouco dessa diversificação de produtos da Smithers?
Nosso foco é a fabricação de trafos de saída, mas como sou inquieto, gosto de fazer de tudo um pouco, vi uma oportunidade de fazer os knobs, mas fora do padrão tradicional, queria com alta qualidade, digno de ser colocado em uma guitarra cara ou um Hi-Fi, e estes são usinados um a um em uma única peça de inox, material que não oxida e nem enferruja, ideal pra quem tem suor em excesso nas mãos. Quem faz a usinagem é meu pai, aposentado, tem mais de 40 anos de experiência no assunto. Os indutores eu quis inovar, não vi nenhum no mercado com três diferentes indutâncias na mesma peça, me perguntei; se a indutância faz diferença no som e temos a possibilidade de fabricar com valores de indutância a mais, porque não fazer? É mais trabalhoso, requer mais mão de obra, mas é um produto único e que deixa versátil a escolha de timbre.

6- E o futuro? Pra onde vai a Smithers a partir de 2015? Novos produtos/planos?
Continuar com o alto padrão de qualidade é certo. Pretendo expandir a área de usinagem, oferecer serviços de precisão para áudio. Tenho muitas idéias e pouco tempo para executa-las, não vou revelar aqui pois alguém pode rouba-las! Rs…. Vou contar só uma, tempos atrás fiz um teste enrolando um capacitor à óleo, fiz um com .1uF de capacitância, impregnei com óleo, testei apenas no osciloscópio e capacímetro e estava ok, em testes recentes percebi que ele se manteve estável depois de um ano. Estou pensando seriamente em colocar esta idéia em prática e quem sabe teremos capacitores à óleo específicos para áudio em 2015.
Gostaria de agradecer novamente pela oportunidade, e agradecer quem teve paciência de ler tudo… Obrigado!
                                          

Depois do bate papo mãos a obra :-)
Eu já conhecia a alta qualidade dos trafos  do Leandro pelos amps do Pedrone, então sabia que o indutor de Wah não teria como ser ruim. Como eu já estava com uma carcaça aqui meio parade de um VOX xing-ling, era o incentivo que eu precisava para terminar o bicho. O Leandro me enviou um com as palavras "Oscar, teste e veja o que acha, e não hesite em dizer que está tudo errado se assim você achar". Desde o começo o compromisso do Leandro com a qualidade ficou muito claro.

                                     

A galera que me conheçe sabe que eu gosto de me aventurar no mundo de montar pedais. Existe muita fonte confiável na internet hoje entre forums e sites que explicam o básico pra vc ser mordido pelo lance do HandMade e sinceramente não precisa ser formado em electronica pra montar seu Tube Screamer e começar. Eu mesmo não tenho nenhuma formação em eletrônica, e o pouco que sei foi pesquisando e lendo da internet bem como ajuda de amigos que manjam mais do assunto, e claro metendo a mão na massa. Experimentar e ouvir, como tudo é crucial nesse mundo dos pedais mas ja adianto que não adianta me perguntar sobre montagem e circuito de pedais, pois não tenho o conhecimento teórico da coisa pra saber explicar e etc. OK? :-)

Pra esse Wah eu usei uma placa pronta do projeto Wheener Wah II, comprada da MadBeanPedals , que alias recomendo fortemente. As placas são espetaculares e tem documentação perfeita de todas as nuances do circuito e etc. O Wheener Wah é baseado no Clássico Clyde McCoy com algumas mods então seria perfeito pro teste com o Indutor da Smithers. Depois de pronto é assim que ele ficou:



O teste comprovou o resultado. Um timbre de WAH muito liso e bonito como eu já havia ouvido no Fulltone Clyde Deluxe por exemplo e outros Wahs clássicos. A variação dos indutores é bacana e muda a vocalização de Wah, pra Weh ou Who  e associado aos diferentes valores de capacitors o leque abre ainda mais, indo de um Wah mais gordo e cheio ao mais Funky e magrinho. Isso pq eu usei um pot Alpha xing-ling que estava no VOX antes, se colocar um POT BOM de wah, com o sweep certo acredito que o resultado seria ainda melhor.


Eu vou gravar uma pequena demo do WAH que eu montei com o indutor pra vc`s ouvirem. Devo atualizar o post logo com a demo. 

Contato:
Smithers Audio
www.smithersaudio.com.br
www.facebook.com/smithersaudio


  

Gostaram? Pois como especial de natal o Leandro disponibilizou 3 indutores para sorteio entre os leitores do Blog.

O regulamento vai ser o seguinte:

- Para participar basta deixar um comentário com a frase "Quero um Indutor Smithers"com o e-mail para contato.
- Só serão considerados para o sorteio comentários que tenham ambas as frases e o e-mail para contato. Se um desses dois não estiver presente, o mesmo será desconsiderado para o sorteio.
- O sorteio será através do site SorteiosPT.com.
- Vou pegar todos os e-mails que forem postados para o sorteio e inserí-los na lista do SorteiosPT.
- 3 e-mails serão sorteados e serão os ganhadores.

Ganhadores serão divulgados aqui mesmo nesse post no dia 29 de Dezembro com as instruções para que possamos entrar em contato e também enviar o prêmio.

Eu e o Paulo gostaríamos de agradecer a todos os nossos leitores pelas muitas horas de papo e confraternização nesse nosso espaço. Que 2015 venha com muito mais novidades a todos nós e claro muitas guitarras, amps pedais e muito mais horas de bate-papo.

Desejamos a todos um feliz natal e um próspero 2015 a todos!

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Bom pessoal, acabei de efetuar o sorteio e o resultado pode ser conferido abaixo:

A lista continha 53 itens. A seguinte lista foi sorteada de forma aleatória.
1- evertoncadan@hotmail.com
2- sergiofillol@gmail.com
3- lucapimentel@gmail.com

Parabéns aos ganhadores do Indutor Smithers! 
Em breve entrarei em contato para enviar o seu prêmio!


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Ponte MANARA para Stratocaster



Oscar Isaka Jr

         Eu tinha certeza que depois do bloco, já famoso, e da alavanca "Pop-in", não demoraria muito para que o mestre Carlos Manara nos brindasse com uma ponte completa para Strato. Acho que de tanto a gente insistir ele atendeu! :-D



Assim que ele me avisou que tinha uma pronta nas especificações e espaçamento Vintage, ele me contactou e eu já pedi uma para teste. Em todas as minhas guitarras eu uso a ponte da linha Fender American Vintage, que equipa toda a linha Fender USA e Custom shop que tem a ponte de 6 parafusos. Na minha "Blue", usei ainda saddles da Raw Vintage, que diz que analisou e reproduziu o aço usado nos saddles originais dos anos dourados da Fender pré-CBS. Nada melhor do que trocar a ponte toda dessa guitarra pelo novo tremolo Manara para um teste comparativo. :-)

Pois bem, recebi a ponte toda desmontada em saquinhos. Fui montando e já pude constatar a qualidade e capricho que já conhecemos do Carlos. Sempre procuro por imperfeições na cromagem, niquelagem ou acabamentos no processo de usinagem e não achei nenhum detalhe negativo na ponte toda. Acabamento excelente!


A ponte vem completa com tudo o que vc precisa para a instalação. É só ir montando e pronto, não tem muito segredo. No entanto, dessa vez fiz algo que até então não tinha conseguido me acertar direito, que é a regulagem da ponte flutuante, como o Carl Verheyen faz no vídeo abaixo.

 


O Carlos me enviou umas instruções para tal por e-mail quando estávamos trocando uma ideia sobre o assunto e resolvi testar. Não é que funciona e funciona muito bem? Tentando, descobri que o segredo está na qualidade das molas usadas no tremolo e um pouco de insistência na coisa toda. O Carlos está fabricando um conjunto de molas que afirmo sem nenhuma dúvida serem as melhores que já usei para esse tipo de regulagem. Melhores que as da Fender? Olha, vou dizer que com as Fender que vinham nas minhas pontes nunca obtive uma regulagem satisfatória com a ponte Flutuante.

Vou transcrever as instruções diretamente do Carlos, feitas na sua SX com tarraxas originais e o tremolo Manara. 

Oscar, vou tentar passar pra vc a afinação Flutuante:

Eu uso tarraxas simples mesmo chinesas, quando coloco as cordas dou no máximo duas voltas na haste da tarraxa. seguro a corda com a mão direita puxando a corda pra cima e o dedo indicador mantendo a corda no canal do nut e com a esquerda vou girando para esticar a corda. 

1- Afrouxe as cordas, mas não tudo, somente para tirar quase toda tensão.

2- Coloque as três molas,  estique as molas em ângulo de forma que a mola mais curta fique apenas um pouco esticada mas não estique muito porque a alavanca fica dura e não dá regulagem. A alavanca tem que ficar bem levinha. Esse ângulo serve para compensar as cordas mais grossas e isso significa que todas as cordas vão exercer a mesma tensão ou seja, essa tensão fica bem distribuída igualmente nas seis cordas.

3- Solte um pouco os seis parafuso que prendem a placa ao corpo umas 5 voltas. Depois da ponte estabilizada aperte os parafuso mas sem tocar na placa.

3- Afine todas as cordas com o afinador, e vá reparando que a ponte vai descolando do corpo. Ela tem que ficar bem descolada do corpo, uns 6mm mais ou menos. 

4- Dê umas alavancadas de leve, pra baixo e pra cima. Ela vai desafinar, mas vá afinando e alavancando até a afinação estabilizar. Tem que ter paciência e insistir.

5- Depois de afinada verifique a altura da ponte descolada do corpo - se for o caso, solte um pouco as três molas (ou aperte) - mantenha descolada em torno de 6mm. com a guitarra afinada.

6- Cuidado com cordas novas. Elas demoram muito para estabilizar.

Tem que insistir, depois que vc conseguir é só correr pro abraço.


Instalei a ponte na minha Strato Blue e de cara já notei o timbre. Não deu nem vontade de voltar pra Fender, pois estava tudo lá intacto. O DNA da guitarra estava inalterado e arrisco dizer que o grave estava um pouco mais profundo talvez. Fiz a regulagem da ponte flutuante e voilà, funcionou como uma luva! 
Eu que sempre defendi a Strato com tremolo colado no corpo, passei a deixar a ponte da minha Strato No 1 flutuando e feliz da vida :-).


 

         A ponte do Carlos vem com molas normais para o setup de alta tensão com a ponte colada no corpo. Para adquirir as molas especiais para o setup de ponte flutuante, você precisa encomendar as molas separadamente na hora de comprar sua ponte. 

         Vou dizer sem medo que a ponte que o Carlos Manara está oferecendo aqui mesmo no Brasil tem o mesmo nível de capricho e qualidade que a Callaham, tão famosa lá fora. Certamente no comparativo com a ponte Fender com saddles Raw Vintage ela não perdeu em nada, pelo contrário, ganhou a posição de titular! 

Vida longa ao Carlos e que ele continue a nos brindar com ótimos produtos como essa ponte! 

 Contatos:
Telefone: 0xx-11-4607-0236